Revestir-se de Cristo - Parte I de III - Despir-se do velho homem
Não há como negar que desde o pecado de Adão todos nós nascemos pecadores e assim carecemos da misericórdia de Deus (Rm 5:12). Toda a raça humana, descendente de Adão, é portanto independente de Deus, e todos os seus esforços humanos mostram-se incapazes de ter uma vida que agrada ao Criador.
O nosso velho homem é corrupto e mal em toda a sua essência. Até mesmo as atitudes mais 'nobres' do velho homem são intenções más, pois refletem a independência de Deus.
Jr 17:9
Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?
Is 64:6
Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam.
Esta é a roupa que todos nós nascemos vestindo. Um trapo de imundícia, roupas sujas de independência, iniquidade diante de Deus.
Você como reagiria se olhasse para o espelho e se visse vestindo um trapo sujo, imundo? Certamente uma pessoa civilizada como você ficaria repugnado e iria buscar se lavar e se trocar.
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Ocorre que o espelho que o mundo coloca à nossa frente, ou a maneira como o mundo nos vê, deturpa a verdade da nossa condição diante de Deus.
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Tudo o que está relacionado ao mundo jaz, está no maligno, está debaixo da independência de Deus, portanto os homens que andam segundo o mundo vestem suas roupas. Alguns até conseguem perceber sua condição suja e passam a buscar roupas que reflitam uma certa justiça ou religiosidade, mas que infelizmente são como o imundo, e como trapo de imundícia, pois são roupas feitas por homens, por intenções humanas de se justificarem diante de Deus.
Adão e Eva, criados, estavam envoltos pela graça como uma veste. Com o pecado “seus olhos se abriram e perceberam que estavam nus” (Gn 3, 7). A partir daí, o homem sente, diante da presença divina, que está nu, falta-lhe algo. Perdeu “a veste” que justifica sua intimidade com Deus.
Sua nudez é como espelho que não reflete mais a imagem de Deus, mas, sim, fragilidade, vulnerabilidade, cobiça. Adão e Eva, ao se sentirem nus, fizeram para si uma veste com folhas de figueira. A primeira tentativa humana de se esconder, uma roupa imperfeita feita por homens.
Mas o próprio Deus, antes de expulsá-los do Paraíso, cobre-os com vestes: “O Senhor Deus fez para o homem e sua mulher túnicas de peles e os vestiu” (Gn 3,21). Podemos ver que Deus sacrifica um animal, derrama seu sangue, buscando assim vestí-los, prefigurando o sacrifício de Jesus que revestiria nossas vidas futuramente.
Gl 3:27
Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo.
Rm 6:3-4
Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.
Deus então nos providencia uma nova vestimenta, não feita por homens, mas por Ele. Aleluia!!
Portanto, meu querido leitor, toda a nossa tentativa até hoje de vestir roupas que passam uma imagem de cristianismo, de religiosidade, de amor, são vistas por Deus como trapo de imundícia.
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CONCLUSÃO:
Nos despir do velho homem:
Que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano. Ef 4:22
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Agora uma vez despidos dessa natureza independente de Deus, necessitamos nos vestir de uma nova natureza. Sobre isso trataremos na próxima semana.
Obrigado por me acompanhar até aqui e contribuam com comentários sobre o que Deus está falando contigo.
Um forte abraço e não esqueça... há uma luta travada em seu coração entre o velho e o novo homem... perseverança... força... e confiança, pois a vitória pertence a Ele.
Frank L. Casado
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